O porquê das birras?!

"Antes de mais, para se resolver uma birra, é preciso ser-se firme. Uma criança contrariada pode fazer birras, dando pontapés, amuando, atirando-se para o chão, esperneando, gritando, dizendo uma série de disparates, como: "Não mandas em mim". Estes são só algumas das reações possíveis, nas crianças entre os 2 e os 6 anos de idade, perante uma frustação. Na maioria das situações a birra não deve preocupar muito os pais,mas deve ser estimulada por eles. O ideal é saber geri-la, sem ceder!

Desencadeada por um desejo não satisfeito, a birra reflete raiva e tristeza. Segundo a psicóloga Beatriz Almeida "a criança fica confusa com a diversidade de emoções". Esta acrescenta ainda "a intensidade e a frequência dessas crises variam (...). A birra é uma etapa com principio, meio e fim, na medida em que a criança aprende a expressas os sentimentos negativos de outras formas, aprendendo a aceitar frustações. Trata-se de uma etapa de amadurecimento que, se bem trabalhada, contribui para a formação de um adulto equilibrado". Ao contrário do que alguns pais possam pensar, a birra a criança não é uma dor insuportável e não se deve atribuir-lhe um poder maior do que o que ele tem.

COMO CONTROLAR A BIRRA?

1. Não satisfaça o desejo da criança, ceder é concordar com a birra. Deve transmitir-lhe segurança e fazer perceber que o desejo não é satisfeito só porque faz birra.

2. Transmita amor, nunca fúria, fugindo as frases negativas, tais como "não admito este tipo de comportamento", pois aumentam a agressividade da situação.

3. Estimule a criança a expressar os seus sentimentos, para que ela transforme a confusão das suas emoções em palavras, nomeadamente sentimentos. Pergunte: "Estás chateado? Zangado? Porquê? "

4. Constate verbalmente os sentimentos da criança, por exemplo "sei que estás furioso...", pois assim ela sente que a percebemos.

5. Avise com antecedência, que certo desejo não pode ser satisfeito em determinada altura. Assim, se ela fizer birra poderá recordá-la do que foi conversado anteriormente.

6. No momento da crise, não dê sermões pois serão inúteis. Espere que a crise passe e depois converse com ela.

7. Conte histórias com frequência, que exemplifique a importância se ser flexivel, de conseguir conversar. Dê o exemplo de respeito pelo próximo, ao relacionar-se com os outros." (Rev. Educadores de Infância; novembro 2006: 6)

LEMBRE-SE

que os limites são fundamentais na educação.